Confesso que a princípio eu não gostava de Gonzaguinha. Cheguei a assistir um show dele com o pai em 1981, mas fui por causa de uma namorada que gostava. Eu mesmo torcia o nariz para aquelas músicas lamentosas, aquela voz anasalada, aquele rosto magrelo.
Depois, em 1991, ele morreu em um acidente voltando de um show, aos 45 anos. Lembro que fiquei com pena dele. Anos depois, acabei comprando um cd com uma coletânea de músicas dele, e nessa época, mais amadurecido, comecei a prestar atenção no que ele falava e comecei a admirá-lo. Me arrependi de não ter conhecido sua obra mais cedo. Uma das musicas mais tocantes que conheço, chama-se "Sangrando" e é dele. Essa é uma das músicas que estão selecionadas para serem tocadas em meu velório (mas com calma, não tenho pressa para chegar lá...)
Nesse ano de 2012, Luiz Gonzaga, o pai, o Rei do Baião, completaria 100 anos e foi feito um filme contando a história dos dois: Gonzaga - de Pai Pra Filho. Quando fiquei sabendo, reclamei que, provavelmente, esse filme nem passaria por aqui. Qual não foi minha surpresa ao saber que estava em cartaz em Passos, e, apesar do horário complicado (16:30h), conseguimos nos organizar para ir. Valeu a pena. É um bom filme, caracterizações muito próximas da perfeição, boas músicas, belas histórias. Não é a história de dois artistas. É a história de um pai e um filho, seus relacionamentos e suas brigas. Suas crises e o amor mútuo entre eles. A mãe de Gonzaguinha morreu muito jovem e ele foi criado por um casal de amigos de Gonzagão, no Morro de São Carlos, no Rio de Janeiro (ver a música "Com a Perna no Mundo"). Gonzaguinha foi ativista de esquerda, teve muitas músicas censuradas, batalhou pelo sucesso. E depois de inúmeras crises com o pai, conseguiu estabelecer um relacionamento com ele. Gravaram juntos e fizeram shows. Aprenderam a se respeitar.
O filme tem momentos emocionantes. Quando saímos do cinema, minha mulher falou que, às vezes, teve que segurar para não chorar... Ela que não sabe, mas quando Gonzaguinha cantou "Sangrando" no filme, eu me encostei nela e chorei... Como diz a letra "E se eu chorar E o sal molhar o meu sorriso Não se espante, cante Que o teu canto é a minha força Pra cantar ... Quando eu soltar a minha voz Por favor, entenda É apenas o meu jeito de viver O que é amar...." E como disse o moleque Gonzaguinha em outra música: "Começaria tudo outra vez, se preciso fosse, meu amor..."
Depois, em 1991, ele morreu em um acidente voltando de um show, aos 45 anos. Lembro que fiquei com pena dele. Anos depois, acabei comprando um cd com uma coletânea de músicas dele, e nessa época, mais amadurecido, comecei a prestar atenção no que ele falava e comecei a admirá-lo. Me arrependi de não ter conhecido sua obra mais cedo. Uma das musicas mais tocantes que conheço, chama-se "Sangrando" e é dele. Essa é uma das músicas que estão selecionadas para serem tocadas em meu velório (mas com calma, não tenho pressa para chegar lá...)
Nesse ano de 2012, Luiz Gonzaga, o pai, o Rei do Baião, completaria 100 anos e foi feito um filme contando a história dos dois: Gonzaga - de Pai Pra Filho. Quando fiquei sabendo, reclamei que, provavelmente, esse filme nem passaria por aqui. Qual não foi minha surpresa ao saber que estava em cartaz em Passos, e, apesar do horário complicado (16:30h), conseguimos nos organizar para ir. Valeu a pena. É um bom filme, caracterizações muito próximas da perfeição, boas músicas, belas histórias. Não é a história de dois artistas. É a história de um pai e um filho, seus relacionamentos e suas brigas. Suas crises e o amor mútuo entre eles. A mãe de Gonzaguinha morreu muito jovem e ele foi criado por um casal de amigos de Gonzagão, no Morro de São Carlos, no Rio de Janeiro (ver a música "Com a Perna no Mundo"). Gonzaguinha foi ativista de esquerda, teve muitas músicas censuradas, batalhou pelo sucesso. E depois de inúmeras crises com o pai, conseguiu estabelecer um relacionamento com ele. Gravaram juntos e fizeram shows. Aprenderam a se respeitar.
O filme tem momentos emocionantes. Quando saímos do cinema, minha mulher falou que, às vezes, teve que segurar para não chorar... Ela que não sabe, mas quando Gonzaguinha cantou "Sangrando" no filme, eu me encostei nela e chorei... Como diz a letra "E se eu chorar E o sal molhar o meu sorriso Não se espante, cante Que o teu canto é a minha força Pra cantar ... Quando eu soltar a minha voz Por favor, entenda É apenas o meu jeito de viver O que é amar...." E como disse o moleque Gonzaguinha em outra música: "Começaria tudo outra vez, se preciso fosse, meu amor..."
Caro Amigo Ronaldo,
ResponderExcluirVejo com muito destenho essas produções oportunistas e as vezes meramente voltadas para a exploração comercial, principalmente quando vi a Rede Globo inserindo o assunto do Centenário do Gonzagão em diversas programações.
Mas a dica vindo de você toma outro rumo e vou
rever os meus preconceitos quanto a produção nacional.
Obrigado pela dica, companheiro.
Volto nesta página para fazer os comentários após assistir o filme.
Abraços.
Pai, estou conseguindo um tempinho para ler seus textos no intervalo entre uma aula e outra e estou adorando. Saudades. Bjo
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