Quarta-feira. 13/03. 21h08. Dia de escrever a crônica semanal (o limite para o envio é quinta feira).
O assunto que está fervilhando na tevê é o "habemus papam", recém anunciado, no momento em que escrevo.
Em seu louvor, destaco a simpatia e a aparente sinceridade de seu sorriso. Eu não gostava de Bento XVI. Até demorei a chamá-lo por esse nome, usando Joseph Ratzinger. Parecia mais com ele. Quando ele foi eleito papa, não gostei do seu sorriso. Acho que já antipatizava com ele porque desejava um papa progressista e sabia que ia ser escolhido um conservador. E achei seu sorriso orgulhoso, sem humildade. Seu papado não me surpreendeu. Não esperava mais dele. A surpresa foi a renúncia, que redimiu muito da má impressão que eu tinha dele. Achei um ato de coragem, um ato de humildade, de econhecimento de limitações, que não vi em outros papas.
Em seu louvor, destaco a simpatia e a aparente sinceridade de seu sorriso. Eu não gostava de Bento XVI. Até demorei a chamá-lo por esse nome, usando Joseph Ratzinger. Parecia mais com ele. Quando ele foi eleito papa, não gostei do seu sorriso. Acho que já antipatizava com ele porque desejava um papa progressista e sabia que ia ser escolhido um conservador. E achei seu sorriso orgulhoso, sem humildade. Seu papado não me surpreendeu. Não esperava mais dele. A surpresa foi a renúncia, que redimiu muito da má impressão que eu tinha dele. Achei um ato de coragem, um ato de humildade, de econhecimento de limitações, que não vi em outros papas.
Em louvor a Jorge Mario Bergoglio, Papa Francisco I, menciono ainda a escolha do nome Francisco, sendo
São Francisco de Assis um de meus santos prediletos, desde os meus tempos de Grupo de Jovens SAFRA.
Lembro do amor irrestrito de São Francisco pelos pobres, sua dedicação... DE Francisco I, ressalto sua latinidade, argentino, hermano. Quem sabe um defensor dos povos das "Veias Abertas da América Latina".
Em sua defesa, lembro ainda que é da Ordem dos Jesuítas, com uma tradição de justiça desde os tempos da colonização de nossas américas. Quem sabe dessa vez...
E algumas outras coincidências: o nome Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco I, lembra também Mário Jorge Lobo Zagallo, noso Zagallo e suas superstições. Lembra ainda Jorge Mário da Silva, o cantor Seu Jorge, uma figuraça. Que os nomes ajudem. Mários, Jorges e Franciscos... Quem sabe, dessa vez vai...
Mas confesso que o assunto do novo papa não me empolgou tanto assim para escrever. Enquanto pensava no assunto, fui jogar uma "paciência" no computador ( na verdade, joguei Mahjong Titans. Perdi umas 3 quedas e ganhei umas 2). Coloquei umas músicas para rodar e, de repente, tocou uma música linda de Vander Lee, um cantor mineiro pouco conhecido (como não poderia deixar de ser). E aquela música me fisgou. Deletei todas as outras do playlist e deixei ficar rodando "Meu Jardim". Não satisfeito, procurei as cifras da música e corri pro violão. Sem dúvida, é uma música tocante! Começa no violão tranquilo, bem suave. Para completar, o tom é menor, que transmite um sentimento maior. O acorde inicial é um lá menor com 9ª, um dos sons mais legais, com uma leve dissonância para dar emoção.
A letra, que segue abaixo para quem quiser conhecer, é muito legal. Fala que "Estou podando meu jardim, Estou cuidando bem de mim". Talvez seja isso... Talvez eu nem devesse falar do Papa, talvez eu devesse apenas cuidar de meu jardim, cuidar de mim...
Meu Jardim - Vander Lee
Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores
Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores
Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho
Estou podando meu jardim
Estou cuidando bem de mim.